A tecnologia como criadora de empregos por Allan Costa

A tecnologia como criadora de empregos por Allan Costa*

 

Uma das maiores falácias quando pensamos nos impactos provocados pela expansão da tecnologia é de que ela destrói empregos e de que seremos todos substituídos por robôs. Felizmente, dados de realidade começam a tomar o lugar da afobação dos profetas do apocalipse. Hoje, destruiremos alguns mitos falando sobre a tendência número 8:

 

O QUE ESSA TENDÊNCIA SIGNIFICA: Significa que a afirmação de que a “tecnologia destrói empregos”, quando analisada de forma estanque, é mentirosa. Lemos isso o tempo todo em jornais, revistas, internet e vemos nos telejornais e especiais sobre o futuro do trabalho: a tecnologia está destruindo empregos, tornando o ser humano dispensável e, num futuro próximo, viveremos em um mundo de zumbis pós-apocalíptico sem trabalho para ninguém. Mas será que é isso mesmo?

 

Se olharmos a história do mundo, essa mesma onda já ameaçou nos varrer por diversas vezes. Para ficar nos exemplos mais marcantes, na revolução industrial e no surgimento da informática, o discurso era exatamente o mesmo.

 

E, se isso não for suficiente para compreender que não é exatamente assim que a coisa funciona, que tal olharmos para dados de desemprego de apenas três países: Japão, Alemanha e Estados Unidos. Essas três nações, inegavelmente, são líderes incontestes na adoção e no uso das mais recentes tecnologias, robótica e inteligência artificial incluídas. Levam a automação a níveis extremos.

 

Portanto, seguindo a lógica alarmista do fim dos empregos pela tecnologia, o desemprego nesses Países deveria estar em uma ascendente nunca antes vista, certo? Errado! O desemprego nos EUA, no Japão e na Alemanha estão em queda, já há vários anos, por mais que o nível de adoção da tecnologia seja aceleradíssimo.

 

E o que explica isso? O fato de que, na realidade, a tecnologia cria empregos a uma velocidade muito maior do que destrói! Por exemplo, em um movimento recente, a Amazon investiu milhões de dólares na robotização de um de seus centros de distribuição. E ao mesmo tempo, abriu milhares de vagas de emprego para esse mesmo centro. Sabemos que as profissões que mais demandarão profissionais nos próximos anos ainda sequer existem. E isso se deve à essa mesma tecnologia “malvadona” que desemprega todo mundo.

 

O fato é que os avanços tecnológicos, efetivamente, eliminam a necessidade de determinadas atividades. Mas no geral, são funções repetitivas, que não deveriam necessitar da capacidade humana para serem feitas (ou alguém acha uma atividade com alta demanda intelectual apertar parafusos em uma linha de montagem?). Mas ao mesmo tempo, ela cria oportunidades e possibilidades amplas para quem souber evoluir junto com ela.

 

QUE IMPACTO ISSO OCASIONA: A necessidade de criar estratégias de aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional que não vejam a tecnologia como adversária, mas sim, como aliada. Ela permite que nós sejamos cada vez mais humanos, usando nossa capacidade cognitiva a serviço de atividades que demandem nossas virtudes como seres pensantes. Como empresários ou líderes de equipes, precisamos ampliar as referências das pessoas que trabalham conosco para que elas possam perceber novas possibilidades sem a interferência do alarmismo vendedor de notícias. E como indivíduos, cabe a nós a reinvenção permanente das nossas carreiras e profissões, o que, aliás, é uma tônica do mundo acelerado em que hora vivemos. Aperfeiçoamento e desenvolvimento constante, com total abertura às transformações trazidas pela tecnologia, é a chave do processo.

*Texto de Allan Costa – http://allancosta.com/

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