Em meio à bagunça não há resultado

Em meio à bagunça não há resultado

 

Uma boa ideia e força de vontade são elementos essenciais para se empreender, mas para muitos detentores desses insights falta algo que pode ser simples aos olhos de grandes organizações, mas essencial também para os pequenos negócios: o planejamento financeiro. Um dos grandes sintomas da falta dele é a mistura entre o caixa da empresa e as finanças pessoais dos sócios.

 

Prática comum nas micro e pequenas empresas, a desorganização das despesas jurídicas e físicas pode gerar consequências fatais ao negócio. Segundo dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas), uma das principais causas de falências das empresas é a má gestão do fluxo de caixa. Quando os sócios sacam dinheiro indevidamente para suprir despesas pessoais, fica difícil fazer uma avaliação real das despesas e necessidades do negócio.

 

O pró-labore, ou uma retirada de lucros definida previamente em valor fixo é o mais indicado para manter a saúde da empresa. Se não há ideia de quanto seria esse valor, o certo é procurar no mercado. Qual a remuneração média de quem faz a mesma função?

 

Outra ação necessária é criar uma conta bancária apenas para a empresa e outra pessoal. Isso ajuda, por exemplo, a evitar problemas com a Receita Federal e também não deixar em exposição a vida pessoal para colaboradores da empresa que tenham acesso às finanças do negócio. Se falta dinheiro para os sócios ou para a empresa é preciso avaliar com atenção duas alternativas: se no primeiro caso é possível fazer retiradas do caixa da empresa ou se no segundo caso é necessário fazer aportes de capital (investimentos feitos na empresa pelos sócios). Empresa sem fluxo de caixa pode ser resultado da falta de vendas, atraso no recebimento de clientes ou custos e despesas em excesso. Fazer retirada de lucros pelos empreendedores além daquele definido por mês deve ser evitado e, quando feito, ser consciente para não afetar o capital de giro e os investimentos necessários.

 

Ter disciplina e esclarecimento é o primeiro passo para sair da “bagunça”. Faça um planejamento financeiro, assim é possível separar contas físicas das jurídicas. Na empresa crie e ajuste uma estrutura financeira com pessoas treinadas, processos organizados e softwares e planilhas capazes de gerenciar corretamente as retiradas de lucros dos sócios, bem como visualizar o fluxo de caixa. Na pessoa física não é diferente, planilhas e programas também são importantes para o planejamento e registros de gastos pessoais, considerando que as retiradas de lucros da empresa na PF são as receitas. Depois disso é hora de analisar e ver o que é preciso melhorar.

 

 

 

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